sexta-feira, 15 de julho de 2011

Review: Atelier Rorona - PS3

Faz tempo que eu posto...escolhi postar o review de um jogo que eu postei em outro lugar. Esse review é de Atelier Rorona!
Vim postar aqui um review de um jogo que gostei muito: Atelier Rorona: Alchemist of Arland
É um jogo de RPG, com batalhas de turno e sistema de alquimia, como foi visto no PS2 com os jogos passados da série Atelier e Mana Khemia. Com múltiplos finais, visual bonito e a arte maravilhosa de Mel Kishida, esse pra mim, é sem dúvida o melhor jogo da série Atelier já lançado, e olha que joguei muitos, tanto no PS2 como em outros consoles.

História

Se passa no reino de Arland, que teve anos e anos de prosperidade graças à alquimia, que foi trazia ao reino por um viajante, que montou seu atelier ali. Atualmente a alquimia está perdendo o prestígio no reino, graças ao desleixo da alquimista responsável pelo Atelier, Astrid. Então o rei deu um prazo de 3 anos para que o atelier e a alquimista mostrem o seu valor, ou então o atelier será desativado. Aí então Astrid passa a responsabilidade para a sua jovem aprendiz Rorona, lhe dando o desafio de levantar a fama do atelier e da alquimia no reino. A parte boa é que Rorona não sabe nada de alquimia, e sua mestra está com preguiça demais de ensiná-la. Bem, se ela não conseguir seu objetivo terá que ir embora do reino, então ela não tem opção...

A história principal é bem simples, se aprofundando mais à medida que Rorona se aproxima dos personagens da história. Não é uma história complexa, com reviravoltas ou algo absurdamente surpreendente. Mas é bem agradável, com momentos tristes e felizes, um humor bem temperado, não forçado, como o clima do jogo faz sentir.
Jogabilidade

Em Atelier Rorona, a jogabilidade está divida em 4 partes: Alquimia, Exploração da cidade, exploração de pontos de coleta e batalhas.

Alquimia:
Não é muito diferente do que se viu nos jogos antigos da Gust/NIS de alquimia. Você tem ingredientes dos mais variados tipos e tratos, e os usa em receitas que adquire durante o jogo. Ingredientes com tratos e qualidades diferentes fazem diferença no produto final. E os ingredientes você consegue comprando em lojas ou buscando nos pontos de coleta fora da cidade.

Muitas vezes, pra conseguir sintetizar o item que você precisa vai precisar de várias tentativas, até o Alchemist LV de Rorona subir ou conseguir o trato necessário pro produto desejado. Cada item que você cria pela alquimia vai gastar alguns dias e HP de Rorona. Administrar isso no jogo é crucial – e não está fácil.

Exploração da cidade:
Você tem que percorrer a cidade para ir em lojas, encontrar os personagens, aceitar quests deles ou convidá-los para ir com você aos pontos de coleta. A parte das quests de personagens é importante, pois ela vai te ajudar a determinar alguns dos vários finais do jogo.

Uma coisa muito legal foi o fato de apenas se apertar “select”, indo pro mapa da cidade e escolher onde se quer ir, facilitando a locomoção e não tendo que percorrer a cidade toda para ir onde você quer. Outro ponto muito legal foi o sistema de Wholesale, que aparece no início do 2° ano. Com esse sistema você registra um item que você fez pela alquimia nas lojas, depois de uns dias o vendedor vai vender 10 cópias desse item, até você trocar por outro. Isso economiza tempo, principalmente para itens base das sínteses e items necessários para matar monstros ou entregar nos assignements.

No castelo de Arland você entrega os itens para seus assignements, são 13 no jogo todo, que vão avaliar o seu desempenho como alquimista, e dizer se pode continuar com o atelier ou não. E também é onde você aceita quests dos cidadãos do reino, tendo sucesso sua popularidade aumenta, falhando diminui...tanto os assignements como a sua popularidade no reino são pontos que determinam finais diferentes...cada um de uma maneira.

Exploração de Pontos de coleta:
Quando você sai da cidade, tem pontos que coleta (Iniciando pela Nearby Forest e terminando na Night’s Domain). Cada vez que você sai da cidade para pontos de coleta, se gastam dias. Para ir de uma parte para outra dentro deles também...e para voltar para a cidade também! Tempo é uma coisa que se precisa administrar com muito cuidado nesse jogo, muitas vezes me vi tendo muita coisa pra fazer sem tempo de fazer nada. E isso é muito fácil de acontecer.

Andando pelos pontos de coleta tem balõezinhos com estrelas, ali você consegue colher os matérias, podendo escolher o que leva e descartar o que não quer. Muitos pontos tem áreas que só poderão ser acessadas mais tarde, ou apenas se você tem certo item, feito pela alquimia, que possibilita a sua passagem.

Batalhas:
Acho que aqui está um divisor de águas pra muitos. Ou você ama o sistema de batalha, ou você odeia. Digo isso porque é um sistema muito simples, fácil, e pra mim, agradável, sem “ornamentos” demais que no final pesam e não adicionam.

A batalha é simples, por turnos. Não há MP ou pontos especiais, apenas HP; os ataques especiais gastam o seu HP. Eles são desbloqueados usando o elemento correspondente de cada personagem. Por exemplo: Se eu quero um Healing de lv Médio da personagem Lionela, tenho que subir dois níveis do elemento água, que é o dela. Se quero fazer um ataque EX especial, tenho que subir 5 níveis do elemento correspondente do personagem. Só que do mesmo modo que a sua turma usa elementos, os inimigos também. E algumas skills só são liberadas usando certo tipo de equipamento, que são todos obtidos através da alquimia.

Aliás, a parte de testar ingredientes e tratos diferentes para ter vários equipamentos foi uma que gostei bastante.

Gráficos e outras observações:
O jogo não é um que usa toda a potência de gráficos do PS3, mas estão longe de serem feios. No estilo anime, espere ver traços de fofura em muitos lugares, tanto em alguns personagens (principalmente Rorona) como nos monstros. As paisagens, a cidade, os interiores são bonitos, mas pra mim o que rouba a cena é a arte da artista que desenha os personagens, tanto nas conversações como em eventos que tem cenas desenhadas como num quadro. Não é uma “fofura” que te dói os olhos nem algo que fique faltando alguma “seriedade”. A aparência do jogo é bem equilibrada entre a história, estilo, personagens e ambiente.

O clima do jogo é bem humorado, com cenas engraçadas, personagens super carismáticos. Rorona é aquela menina inocente e super atrapalhada que todos gostam. Astrid é a mestra preguiçosa, sarcástica que gosta de pegar pelas na sua aprendiz. Sterk é o soldado sério, preocupado com o reino que é passado pra trás por Astrid facilmente. Cornélia é a amiga de infância de Rorona que não gosta de mostrar como realmente se sente, é tímida, mandona e orgulhosa. Gio é o rei que vive fugindo das suas obrigações para andar por aí, ou treinar suas habilidades com a espada. E por aí vai.

Uma coisa que me irritou bastante no jogo foi o fato de travar. Não foram poucas as vezes, quando tinha acabado de conseguir algo, travava. Aí de novo travava. Espero que tenham corrigido isso em Atelier Totori, porque isso algumas vezes estava frequente demais.

Se pudesse dar uma nota pro jogo todo, eu daria um 80, 8.0, etc. Tem pontos a serem melhorados, mas isso não vai deixar de fazer o jogo uma ótima experiência de RPG pro PS3. Pra mim, recomendadíssimo.

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